Palácio de Versalhes

O Palácio de Versalhes, cujas origens remontam ao século XVII, foi sucessivamente um local de caça, um lugar de exercício do poder e, a partir do século XIX, um museu. Composto pelo parque e pelo jardim, bem como pelos palácios do Trianon, ele se estende por 800 hectares.

Classificado há 30 anos como Patrimônio Mundial da Humanidade, o Palácio de Versalhes constitui uma das mais belas construções da arte francesa do século XVII. O antigo pavilhão de caça de Luís XIII foi transformado e ampliado por seu filho Luís XIV, que ali instalou sua Corte e seu governo em 1682. Até a Revolução Francesa, os reis foram se sucedendo e embelezando o Palácio durante seus reinados. Atualmente, o Palácio conta com 2.300 cômodos divididos em 63.154 m2.

Da janela central da Galeria dos Espelhos, se revela diante dos olhos dos visitantes a grande perspectiva que conduz o Espelho d’Água até o horizonte. Quanto ao eixo original leste-oeste, anterior ao reino de Luís XIV, André Le Nôtre teve o prazer de construí-lo e prolongá-lo, aumentando o passeio real e mandando cavar o Grande Canal. Em 1661, Luís XIV encarrega André Le Nôtre da criação e da construção dos jardins de Versalhes que, a seus olhos, são tão importantes quanto o Palácio. Os trabalhos são realizados ao mesmo tempo em que os do Palácio e duram cerca de quarenta anos. Mas André Le Nôtre não trabalha só. Jean-Baptiste Colbert, superintendente das construções do rei, de 1664 a 1683, chefia o canteiro de obras; Charles Le Brun, nomeado primeiro pintor do rei em janeiro de 1664, entrega os desenhos de um grande número de estátuas e fontes; e, por fim, o próprio rei supervisiona todos os projetos e quer estar a par de “todos os detalhes”. Um pouco mais tarde, o arquiteto Jules Hardouin-Mansart, que se tornou primeiro arquiteto do rei e superintendente das construções, cria o Orangerie e traz um pouco mais de simplicidade aos traços do parque, sobretudo modificando e descompartimentando alguns bosques.

Por fim, criado por Luís XIV, que mandou construir logo no início, à extremidade do braço norte do Grande Canal, um primeiro palácio pequeno chamado Trianon de porcelana, que foi logo substituído pelo Trianon de mármore, ou Grande Trianon, esta vasta propriedade é também a lembrança da rainha Maria Antonieta. De fato, a esposa de Luís XIV muitas vezes encontrava refúgio no Pequeno Trianon, construído por Luís XV ao final de seu reino. Ela mandou construir um jardim no estilo paisagístico em voga, decorado com plantas e, depois de algum tempo, finalizado com uma pequena aldeia. Dedicado à intimidade dos soberanos, os locais oferecem edifícios memoráveis incrustados nos jardins, cuja variedade e encanto lhes conferem todo um charme particular.